10 de maio de 2012

Bonequeiras em família

 Estive no Assentamento do Salgado, em Pentecoste, visitando xs amigxs do Ciclovida. Morar lá não é fácil, ir e vir também é difícil. O ônibus vez ou outra dá o prego e não funciona. Cancela tudo! E foi assim que fiquei no meio da estrada, esperando para voltar para casa. Não deu muito tempo, fui convidada para ficar na casa da professora da comunidade, Auri, mãe da Margô e Ana Terra, avó da Anita.

E a conversa vai, papo vem, a Anita pegou uma boneca para brincar. Corpinho recheado e pesadinho, com transinha, chapeuzinho e babados. Perguntei a ela se havia mais bonecas e, quando vi, Anita pequenina trouxe várias outras! Exercício de carinho passado de mãe para filha, a Auri contou que as utiliza na sala de aula como forma de chamar atenção das crianças e ilustrar questões do cotidiano!



Foi encantador conhecer essa coleção tão bonita! E, enquanto fotografafa, a Margô costurava um coelhinho para sua filha que esperava atenta a cada ponto. Um presente que ela vai se divertir muito mais do que qualquer ovo de páscoa :)


8 de maio de 2012

Bonequeirxs do Ereoatá

A Marina, Kalu e Marizete foram em Salvador, na sede do Grupo Ereoatá de teatro de bonecos. Lá, viram todo tipo de boneco, grande, pequeno, marionete, fantoche, cabeção, mamulengos. Tudo na base da papietagem do papel, machê.

E dale! As crianças fazem o/a boneco/a, montam o espetaculo, com musica, o texto, a voz, a instrumentalização tem o acompanhamento. Ai, tem também o ateliê com o teatro de apresentação num palco parecido com o do Escuta, no tamanho.




As meninas viram o ensaio da meninada, que tem até uns 12 anos, encarando a apresentação com gosto! A proposta se torna mesmo essa de exercitar o encarrar da persona! Lá, também, acontece de um tudo do dia a dia desses meninos e meninas. Até conversa sobre as diferenças, os ritmos, a menstrução, e é isso...

A Marina ganhou uma marionete (boneca que se manuseia com linhas presas as perninhas, cabeça e mãozinhas). A cabeça e o corpinho é de pet revestido de pano e machê. O tecidinho termina num vestidinho vermelho com barra de penugem.


Creio que o projeto vem mesmo fortalecer esse fazer tão artesanal, de montar com as mãos a nossa forma de expressão!!! Tudo reflete uma época que nem existia Barbíe nem motores. Ou seja, modelos de ser e ter! Vejo que isto vem permear também pela cor, que também conta tantas histórias! A tinta, mistura mais que o branquinho com verminho da cara na Sinhá! É, talvez por influencia dos Maracatus cearenses, que desejo pintAR  essAS CARAS DE PRETO!



No youtube tem vídeos publicados do grupo, só pesquisar :) Um traz a visão dos peixinhos sobre a poluição... Há outros como produtos de propaganda.